quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Só para ver!


Há vezes em que necessitamos REALMENTE de visualizarmos as coisas para as entender.

Aqui vai um link: So many a second

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Os EUA, as estatísticas e a infografia

A propósito das eleições dos EUA entre Obama e McCain muitos gráficos com estatísticas apareceram pela web. No PÚBLICO resolvemos aproveitar a ocasião para inaugurar uma nova fase nas nossas infografias online. Pela primeira vez criámos infografias que, recorrendo a bases de dados, permitem a visualização da informação de forma dinâmica. Isto é, através de uma página web, inserem-se os dados que serão guardados numa base de dados, numa tabela de correspondências previamente estabelecida. No exemplo do gráfico "se Portugal tivesse votado", foi permitido ao leitor votar num dos dois candidatos a presidente dos EUA e, sempre que alguém clica no botão Votar, a informação pedida nessa página web (candidato, distrito, idade e sexo) fica registada numa base de dados. Depois, e sempre que se vai à página de resultados, o ficheiro em Flash (mapa) interpreta um ficheiro XML que fornece a informação organizada, contida na base de dados. Dependendo dos dados, o mapa aparece com as cores do candidato vencedor nesse distrito e outra informação segmentada como: a tendência de voto por intervalo de idade, ou ainda se há mais mulheres a votarem Obama em Santarém, etc. E tudo em tempo real sem necessidade de alguém estar a pintar os distritos ou a alterar barras e números. Uma das referências nesta área, que no meio jornalístico até tem um nome - data base journalism é o nytimes.com, mais uma vez. Mas a caixa abriu-se e vêm aí mais eleições. E nós agora, temos tempo.

LINKS:
- Página para votar (já só acessível através deste link)

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Infografia para a rua!

Sempre que vejo um destes ícones na estrada sinto-me um pixel no Google Maps.

Na zona de Setúbal, existem espalhados à beira das estradas, estes ícones que querem chamar a atenção para locais onde existiram mais acidentes durante o ano de 2007, numa campanha de segurança rodoviária "mortos na estrada - vamos travar este drama". Bem precisamos.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

24 Horas

Descobri, através do blogue da Anyforms, um novo local com trabalhos infográficos em português.Trata-se do local onde os infografistas do jornal diário 24 Horas vão mostrando e comentando o seu trabalho na web.

Infografia 24 Horas

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

A energia das ondas


Há um ano que tinha a infografia praticamente concluída mas só há dias é que o assunto se tornou notícia a ser destacada.

Também foi a primeira onde adicionei um vídeo integrado na infografia.

INFO: A energia das ondas

Infografia em PT


O número 35 da JJ - Jornalismo & Jornalistas, a revista do Clube de Jornalistas tem como tema principal uma reportagem realizada pela Helena de Sousa Freitas, sobre o panorama da infografia em Portugal.

Obrigatório. Ver aqui.

Curiosidade: o boneco da capa é meu.

Morcegos no Alviela... E na web



Fiz uma visita ao Centro de Ciência Viva do Alviela com o intuito de fazer uma infografia sobre o tema. Está aqui.

Depois, o material recolhido e já desenhado por mim, foi adaptado para a edição impressa, pelo José Alves, infografista do PÚBLICO. Ei-la.



O pretexto foi a criação de um site com batcams em directo para as colónias de morcegos no Alviela. Site: morcegos na web

Breaking news


Não é propriamente o tipo de infografias que prefiro fazer, mas é relativamente fácil criar um localizador, quanto mais não seja recorrendo ao Google Maps. E se houver mais informação pode-se ir tornando o trabalho mais interessante ao longo do dia, em sucessivas actualizações. Claro que para isso é preciso ter gente dedicada, a tempo inteiro, à infografia multimédia.
Prefiro infografar assuntos mais complexos que necessitem de mais tempo de trabalho. A minha corrida não é a da velocidade mas sim a de fundo.

Atenção, nem tudo o que vai para a web precisas de ser animado ou flashado. Uma imagem infográfica estática, muitas vezes, serve a sua função.

Acidente em Barajas, aeroporto de Madrid.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Tipografia em mapas


A minha amiga Olivera Batajic sabe que gosto de mapas e enviou-me este link precioso.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Universcale


Já não é propriamente uma novidade mas só agora é que descobri esta infografia da nikon:

Link: Universcale

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Quando a BD e a Infografia se cruzam...


... Pode dar isto:

Google Chrome - Scott McCloud

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Medalha de ouro para o nytimes.com


O mapa das medalhas olímpicas. TODAS e desde SEMPRE.

Apesar da polémica acesa sobre os critérios no ranking, aqui está mais um excelente exemplo do que se pode fazer quando se transforma a forma de visualizar a informação.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

A atmosfera terrestre e outras histórias


A história começou com um texto do Paulo madeira sobre um estudo que diz que os biocombustíveis originam mais gases de efeito de estufa para a atmosfera, do que se julgava. E os dados desse estudo foram transformados desta forma (é uma infografia para acompanhar especificamente o texto):

- Emissões de gases com efeito de estufa causadas pelos combustíveis

Imediatamente senti a necessidade de explicar mais coisas que pudessem ajudar a entender melhor o assunto. E surgiram mais ideias para infografias. Afinal era preciso explicar como se processava o ciclo do etanol de milho e o ciclo de CO2 envolvido nesse processo, outra com a composição da atmosfera terrestre e, explicar ainda, o efeito de estufa (infografia que está por acabar).

São soluções muito gráficas e iconográficas.

E vai-se desenhando um estilo.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Animar porquê? - parte 1


Porque é mais fácil entender a informação se esta tiver movimento.
Muitas das infografias que existem contam uma história, têm um fluxo, uma narrativa, um começar aqui e acabar acolá, uma entrada e uma saída.

Animar alguns destes objectos, pode parecer, num primeiro instante, apenas um enfeite que não contribui para o que se pretende. Inclusivamente pode parecer a alguns uma pura perda de tempo. Mas eu acho que não é e sugiro uma reflexão sobre a infografia que acompanha este post:

- Biocombustíveis: como se produz o etanol de milho

Imaginemos que não existe NENHUMA animação (que foi o que aconteceu durante 2 dias, por questões técnicas, ou seja, seguir uma política de lançar primeiro a informação - desde que não seja errada, e melhorar depois. O que me continua a parecer uma estratégia correcta).
Primeiro, e seguramente, teria de acrescentar setas que explicassem o(s) fluxo(s) do que estava a acontecer. E por onde é que se começava a ver? Pelo centro da imagem? Ou seria o nosso olhar atraído pela cor mais forte, ou a mancha gráfica mais sugestiva?

Há clara vantagem em não ter de explicar como funcionam as coisas recorrendo ao uso de setas direccionais. Ganha-se tempo nesta fase.

Outro argumento óbvio é o de introduzir uma narrativa que obriga o leitor da imagem a seguir os passos de um objecto. Claro que o olhar do leitor pode passear por todo o processo mas o factor tempo (animação) obriga a uma sequência que fornece, pelo menos, uma leitura dirigida.

É também mais apelativo e obriga a um olhar mais demorado. Inclusivamente até pelo seu aspecto lúdico, já que não nos importamos em demorar-mo-nos em alguns pormenores repetitivos - e ver outra vez. Pelo menos comigo isso acontece.

Esta infografia teve alguns problemas na adaptação para a edição impressa do PÚBLICO:
- Foi pensada, desde início, exclusivamente para a web. Ou seja, algumas coisas, para poupar tempo, foram desenhadas directamente no Flash.
- Não foi deixado espaço para setas. O que obrigava ao desmontar da infografia.
- Não foi feito pela mesma pessoa. O que nem sempre é mau mas há assuntos complexos que precisam de mais tempo de trabalho.
- O tempo, sempre o pouco tempo que há para se poder fazer melhor...


Info do etanol na versão da edição impressa

Mas continuamos a fazer e a aprender. Afinal, como gosto de dizer, o melhor trabalho de infografia que já fiz, é sempre o último.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Bolas e barras


Há já algum tempo que Alberto Cairo vem chamando a atenção dos infografistas para as áreas das ciências cognitivas e afins. No seu site, um dos posts de Junho, fala exactamente disso, usando como exemplo a tendência (porque a infografia também é de modas) do uso, e abuso, de bolas ou círculos em gráficos comparativos. Cairo fala da maior facilidade que o ser humano tem em comparar objectos se estes forem alterados apenas numa dimensão, altura ou largura, como é o caso dos gráficos de barras, em comparação com a diferença de áreas entre bolas ou círculos.
O último post deste blogue "Propaganda" também se relaciona com este tema. E aqui Cairo ajuda-me a ter razão. Afinal, há gráficos e gráficos.

- Site de Alberto Cairo
- Post: "La paradoja de las barras y los círculos" (castelhano)

terça-feira, 17 de junho de 2008

Prémio Ciberjornalismo

E já existe um prémio dedicado ao ciberjornalismo português.

Para saber mais siga este link.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Propaganda

A primeira vez que fui ao Malofiej foi em 2004. Nesse ano, em Pamplona, tive a oportunidade de ver e ouvir uma das figuras mais fascinantes do mundo da infografia, Nigel Holmes. No final da sua intervenção, Nigel Holmes distribuiu uma folha A4 pela assistência, com os Do's and Dont's dos gráficos de barras.
Nessa cábula há uma solução apontada como a mais correcta de comparação entre dados e que gera sempre polémica entre infografistas.

A semana passada ofereceram-me um folheto propagandista, em francês, que faz uma análise visual da intervenção britânica na 1ª guerra mundial. Muitos dos quadros comparativos, usam precisamente, a solução que Nigel Holmes apresenta como um exemplo a não fazer.

Acho que não devemos ser fundamentalistas e que, dependendo do tipo de dados, de target e meio da mensagem, não devemos ter limites.

Na minha opinião, num exemplo mais concreto, imaginemos uma infografia simples que apenas quer transmitir uma diferença quantitativa, de forma imediata, para um público juvenil. Talvez a solução de aumentar proporcionalmente o objecto, comparando assim duas ou mais quantidades, não seja assim tão mau. Pode até ser a melhor forma.
No caso de dados que necessitem de ser visualizados e comparados de forma mais rigorosa, então talvez possamos seguir à risca o documento de Nigel Holmes que, desde essa altura, distribuo sempre aos estagiários que por cá passam.

Convido-os a deixar a vossa opinião.


- Link para A4 de Nigel Holmes (integral): A few things to remember when making charts
- Links para páginas propagandistas da 1ª Guerra Mundial: Página 1, centrais e última.
- Link para o site de Nigel Holmes.


Um filme com Nigel Holmes

sexta-feira, 6 de junho de 2008

3 geografias




Aqui no PÚBLICO, os últimos trabalhos de infografia realizados para a web, são mapas. Desde os simples localizadores a 1 coluna numa breve em papel, até aos exemplos aqui expostos, dominar o desenho de fronteiras é matéria obrigatória para quem quer fazer infografia. Todo o candidato a infografista deve ter como um dos primeiros exercícios práticos a concretização deste tipo de objectos.

Exercício 01: Desenhe um mapa de raiz.

terça-feira, 20 de maio de 2008

A inflação no NYTimes.com


Cada vez identifico-me mais com o estilo do NYTimes.com.
À primeira vista parece um vitral, mas o objectivo desta infografia é o de mostrar o aumento da inflação entre os produtos mais consumidos pelos americanos, entre Março de 2007 e Março de 2008.

Via http://gjol.blogspot.com.

Um canal no Panamá


São conhecidos os excelentes trabalhos infográficos vindos da Argentina e do Brasil. Mas a América do Sul é muito maior. O 2º encontro internacional de infografia vai realizar-se no Panamá.

O blogue do encontro está AQUI.

domingo, 18 de maio de 2008

Euro2008



A propósito do Euro 2008 descobri uma infografia online, made in Suiça. Infelizmente há poucas coisas que sei em alemão, mas tratando-se de uma infografia, é verdade que dá para entender mais do que se a informação fosse apenas na forma de letras.

A abordagem gráfica é curiosa e há sempre um máximo e um mínimo que é controlado pelo utilizador. Muito interessante.

Aparece no NZZ online, mas o link directo é aqui.

terça-feira, 13 de maio de 2008

As infografias dos aviões



Confesso aqui, publicamente, que sempre que viajo de avião tento levar as instruções de segurança para alimentar a minha colecção de objectos infográficos.
Desta vez bastou um copy paste e embebi o vídeo neste blog.

domingo, 11 de maio de 2008

Nasceu o Observatório de Ciberjornalismo


Com o objectivo de "analisar, regularmente, a evolução do Ciberjornalismo em Portugal e no Mundo".

O Observatório de Ciberjornalismo (ObCiber) é uma estrutura do Centro de Estudos das Tecnologias e Ciências da Comunicação (CETAC.media), e já tem planos marcados para este ano: vai organizar, nos dias 11 e 12 de Dezembro de 2008, na Universidade do Porto, o I Congresso Internacional de Ciberjornalismo, sob o tema geral "Jornalismo 3G".

Ver mais em http://obciber.wordpress.com.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Como fazer uma infografia ;-)


Science Machine from Chad Pugh on Vimeo.

É sempre interessante espreitar por cima do ombro de gente a trabalhar. Este é o caso de um trabalho de ilustração infográfica criado por Chad Pugh, designer e ilustrador em Brooklyn, intitulada "Science Machine". 40 horas reduzidas a 5 minutos e 20 segundos. O programa de desenho vectorial que usa é o Illustrator.

Para ver num formato maior: aqui.

Via quintohache

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Camila, 10 anos - a primeira infografia


A Camila, a minha primeira filha, tem 10 anos. E um dia destes fez este desenho a giz, sobre parte da família e suas relações. Eu acho que é a primeira infografia dela. Depois disto, fi-la ver com mais atenção algumas das coisas que faço. E ela entendeu rapidamente.
Parece que as crianças pensam mais facilmente de forma visual do que julgamos. Já tenho mais uma pessoa para me ajudar a tirar dúvidas em trabalhos mais complexos.

NAO - News Artists Organization

É um local onde se vai formando uma comunidade de jornalistas visuais de todo o mundo e onde existe uma grande vontade em partilhar ensinamentos e experiências entre os seus membros. Se se identifica com algum destes pressupostos, inscreva-se, faça parte deste grupo.

NAO

terça-feira, 8 de abril de 2008

Os fluxos do cinema no nytimes.com


Esta é uma das minha infografias online favoritas, das que apareceram em 2007.
Está agarrada a uma base de dados cujos valores desenham os vectores que dão corpo a esta belíssima forma orgânica. Vamos brincar com dados. Obrigatória. AQUI.

www.nytimes.com

segunda-feira, 24 de março de 2008

Infografando na Universidade do Porto

É sempre estranho ouvir a nossa voz fora da nossa cabeça quando não estamos muito habituados a isso.
Para além disso, falo depressa e durante a catadupa de frases dizem-se alguns disparates. Mas acho que ficou bem. Pelo menos eu gosto. E treina-se praticando.

Obrigado à Ana Tulha e Tatiana Carvalho

Está aqui: http://jpr.icicom.up.pt/2008/03/infografando.html

segunda-feira, 17 de março de 2008

Malofiej 16 - prémios e números

O PÚBLICO ganhou medalhas pela primeira vez nos Malofiej. Foram 3 de bronze para os trabalhos sobre o ambiente, "O mapa-mundi do CO2", Gases com efeito de estufa" e "Temperaturas que matam". Parabéns a quem desenhou, o Joaquim Guerreiro, ao redactor que espoletou o trabalho, Ricardo Garcia, à Sónia Matos, a directora de arte do PÚBLICO e a todos os que directa ou indirectamente contribuíram para que este prémios pudessem vir parar ao PÚBLICO. Este ano foram 3 e para o ano serão mais. ;-)

Link para as infos vencedoras do PÚBLICO.

O Expresso também trouxe mais umas medalhas para Portugal. Uma de ouro com um trabalho sobre a Igreja da Santíssima Trindade, a nova igreja de Fátima.

Pelo segundo ano consecutivo, o galardão máximo foi para uma info realizada para a internet, a cobertura do massacre da Universidade de Virgínia Tech realizada pelo nytimes.com ganhou o prémio Peter Sullivan de infografia.

A revista National Geographic ganhou o prémio Miguel Urabayen do melhor mapa pelo trabalho intitulado "Lives Still at Risk"

As medalhas de ouro foram parar ao The Guardian, National Geographic, PÚBLICO (Espanha), Expresso, The New York Times e Newsweek.

Foram 130 profisionais de todo o mundo que participaram nas conferências, forma a concurso mais de 1 300 trabalhos de 124 meios e de 24 países.

Este ano, o nytimes.com foi o meio online mais galardoado, com 5 medalhas de ouro, 5 de prata e 1 de bronze. A outra medalha de ouro foi para a newsweek.com, uma de prata e 4 de bronze. O jurí deu no total 3 medalhas de ouro, 13 de prata e 27 de bronze para infos online.

domingo, 16 de março de 2008

Malofiej 16 - dia 1

Começou cedo demais e disseram-me que foi polémico, tal como se esperava. A discussão começou na web, umas semanas antes e por lá continuará mas Javier Errea iniciou o dia com o tema "Por qué la infografia salvará a los diarios".

Seguiu-se Alberto Cairo que é sempre um prazer ouvir.
Nota-se o entusiasmo com a manipulação de dados. E interactividade é a palavra-chave.
Cairo define 3 tipos de interactividade para os gráficos online


Instructing - é o nível de interacção simples e mais comum (por enquanto), por exemplo, o simples sistema de navegação de clicar no botão Seguinte e Anterior.
exemplo: Planchar las arrugas

Manipulating - o utilizador modifica o gráfico, dados, cores, etc. Os leitores podem "jogar" com os dados.
exemplo: Qué se puede hacer con 25 m2

Exploring - engloba a criação de espaços virtuais onde onde o utilizador pode viajar. Os jogos online são uma fonte de inspiração e um dos exemplos de Cairo é o World of Warcraft (WOW).

E "uma vez que se prova a interactividade nunca mais se volta atrás".

A simplicidade é um conceito muito importante e, em relação à usabilidade, deve ser visível o que é clicável, ou seja, um botão deve parecer um botão.
As interfaces devem ser atractivas mas devemos ter em atenção que nem sempre o nosso estilo se adapta ao estilo do leitor e seu grau de sofisticação.
Quanto ao WOW não será preciso ler um manual para aprendermos a interagir nesse mundo mas acrescento que, também é preciso estar disponível para uma curva de aprendizagem, maior ou menor. E apesar de eu pertencer à geração que está a fazer a transição do analógico para o digital, no mundo ocidental, também é verdade que as crianças de hoje aprendem sintaxes modernas de comunicação e interacção muito diferentes das nossas. Nos finais dos anos 70 um dos meus brinquedos, altamente sofisticados, era o Pong.

"Vivemos a era da visualização dos dados" e para quem queira debruçar-se sobre a infografia multimédia interactiva, Cairo aconselha a não se assustarem com a quantidade de informação e de recursos tecnológicos (programas e linguagens de programação) com que cada um terá de lidar.
É caso para dizer-se: o caminho faz-se caminhando.

Após uma pausa para um café foi a vez de Michael Robinson falar. responsável da infografia do jornal inglês The Guardian e também, dos estilos para os gráficos do PÚBLICO, quando do redesenho por Mark Porter durante o ano passado, falou-nos do processo de redesenho do The Guardian. As fontes, as cores, a grelha da página, as fotografias e o "controlo de volume" das páginas, fotos e gráficos.
Os gráficos do The Guardian são minimalistas na forma e cor, não no conteúdo. E por isso são simples de ver.
Esquematizar, simplificar, reduzir ao essencial são conceitos que precisam de muito tempo e trabalho para optimizar. E, em muitos casos, julgo que poderiam ser aplicados com sucesso em redacções mais pequenas e com menos recursos. Afinal nem todos podem ter os recursos do The Guardian ou do New York Times.

Ainda antes do almoço foi a vez de Sean McNaughton da National Geographic Society (NGS).
O que impressiona logo, mesmo para quem não conhece a excelente qualidade dos trabalhos desta revista, são os fantásticos recursos e o tempo que têm para cada trabalho. Como exemplo, Sean disse-nos que tinha entre mãos, mais ou menos 10 trabalhos, dos quais uns seriam para acabar ainda este ano, outros para 2009 e quase metade sem data marcada de conclusão. Não existe dead-line, uma infografia está concluída quando assim o estiver.
Os exemplos que mostrou demonstram bem o rigor com que trabalham estes profissionais. Afinal, são infografias científicas e entende-se o porquê do tempo necessário para realizar um trabalho.
Na minha opinião, uma das melhores imagens que vi durante o encontro, e mais tarde vencedora de uma das medalhas de ouro deste ano, foi uma infografia publicada pela NGS em 2 páginas e que mostravam TODAS as visitas do homem ao espaço.
Top of the top.

Almoço livre.

Renata Steffen e o "Mundo Estranho" da infografia.
Mundo Estranho é uma revista brasileira para adolescentes, principalmente masculinos. Por isso, há a necessidade de atrair a atenção deste tipo de leitor, com risco de de este se desinteressar e ir ao encontro de tantas coisas mais apelativas que um texto, como os videojogos ou o cinema e a televisão.
Renata começou a conversa dizendo que não sabia desenhar, de todo. Mas isso não a impedia de ser infografista.
Apesar de preferir outro tipo de tendências em objectos infográficos, é interessante ver as coisas de diferentes perspectivas e a notória criatividade brasileira.

E às 17h00 voltámos a ouvir falar em português. Desta vez foi Jaime Figueiredo, responsável pela área de infografia do Expresso.
O Expresso foi considerado um dos jornais mais bem desenhados do Mundo pela SND. As páginas que têm mostrado por esse mundo fora tem ilustrações minhas, em plasticina. Fico contente. O link para um site onde vou acumulando esses trabalhos feitos em plasticina está aqui: Blogsticina.


Continua dentro de momentos...

quinta-feira, 13 de março de 2008

Pamplona - primeiras impressões

Comprei uma revista com o Ubuntu (Linux) e instalei-o no PC. Já funciona e tudo por 6 euros, um valor muito diferente dos 130 euros que me queriam levar na www.pchora.es, muito simpaticamente, registe-se, por uma reinstalação do Windows.

O início oficial do evento foi na Ciudadela da cidade por volta das 20h00 e, após algumas palavras dos organizadores, apareceu pela primeira vez o livro dos prémios do ano passado.
Após um beberete e o reencontro entre muitos dos participantes, dividimo-nos em grupos e fomos jantar. O final da noite deu-se, como sempre, no "bar oficial" Jimpster.

A última vez que aqui estive foi em 2004. Na altura fiz o 1º Interact, Don't Show com o Cairo e o Geoff e ainda assisti ao cumbre. É bom recordar essa altura, em que eu dava os primeiros passos na infografia multimédia, e voltar a respirar estes ares.
É uma família que se vai construíndo a cada ano, aqui, em Pamplona. E a infografia é o tema sempre presente por estes dias, em todas as conversas. As diferenças entre o papel e o online são também muito discutidas.
É também em Pamplona que conheço os infografistas portugueses, muito mais do que acontece em Lisboa.

É sem dúvida um lugar obrigatório onde, pelo menos uma vez na vida, cada infografista - e outros curiosos - devem vir.

Susana: Já entreguei os teus livros. E as outras pessoas que o viram ficaram muito interessadas. Devias traduzi-lo, pelo menos para castelhano.

Malofiej 16, chegada a Pamplona

O meu PC estoirou. Näo vou poder blogar em directo.
De qualquer maneira, näo será isso que me impedirá de escrever sobre o encontro deste ano.
Apesar da "crise" na imprensa mundial, nunca fomos tantos para assistir ao "cumbre" (cerca de 130 participantes).

quinta-feira, 6 de março de 2008

Apresentação do livro de Susana Ribeiro em Lisboa

É hoje que a Susana vai apresentar o seu livro "Infografia de Imprensa, história e análise Ibérica comparada", em Lisboa, na hemeroteca às 18h00.
Lá estaremos.

quarta-feira, 5 de março de 2008

Casino de Lisboa: anatomia de uma decisão


Um dos assuntos que José Pacheco Pereira quis abordar, no dia em que foi director do jornal PÚBLICO, foi o caso do Casino de Lisboa, tentando encontrar uma forma visual de aglutinar as informação factual que existia dispersa sobre o assunto. A ideia de uma cronologia era, obviamente, uma excelente forma de obter um panorama sobre o assunto.

A info pode ser vista aqui.

Também saíu em papel mas neste caso o online tem claramente vantagens em relação ao papel. O espaço para a infografia é infinito e vai permitir adicionar informação à medida que ela for aparecendo.

Uma infografia para ir seguindo.

Para saber mais:
- Abrupto, blogue de José Pacheco Pereira
- José Pacheco Pereira na Wikipedia em português

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Os mapas de Jorge Luis Borges


Gosto de mapas. E sempre que me debruço sobre o assunto, por prazer, necessidade ou em trabalho, recordo um texto de Jorge Luis Borges que acaba assim:

...Naquele império, a Arte da Cartografia alcançou tal Perfeição que o mapa duma Província ocupava uma Cidade inteira, e o mapa do Império uma Província inteira. Com o tempo esses Mapas Desmedidos não bastaram e os Colégios de Cartógrafos levantaram um Mapa do Império, que tinha o Tamanho do Império e coincidia com ele ponto por ponto. Menos Dedicadas ao Estudo da Cartografia, as Gerações Seguintes decidiram que esse dilatado Mapa era Inútil e não sem Impiedades entregaram-no às Inclemências do Sol e dos Invernos. Nos Desertos do Oeste perduram despedaçadas Ruínas do Mapa habitadas por Animais e Mendigos; em todo o País não há outra relíquia das Disciplinas Geográficas.

(Suaréz Miranda: Viajes de Varones Prudentes, Livro Quarto, Capítulo XIV, Lérida, 1658.)

Jorge Luis Borges in História Universal da Infâmia


Link directo para a página de Jorge Luis Borges na Wikipedia, em português.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Javier Errea e a infografia em 2008


Eu acho que nem o próprio concorda com tudo aquilo que escreveu, mas às vezes é preciso espicaçar as hostes e nada como um artigo polémico - a começar logo no título, e mesmo antes do encontro mundial sobre o tema.

Javier Errea, presidente da SND-e (Society for News Design - Espanha), antecipando a sua participação nos Malofiej deste ano, publica um texto polémico via blog Visualmente: "Porque a infografia salvará o jornalismo".

Foto: Javier Errea
Blog: VisualMente

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

O túnel do Rossio e o muro americano


Este ano vamos pulverizar os anteriores números de infografias online. Pelo menos é um bom objectivo para o início do ano, não?
Augusto Matos, vindo das Caldas da Rainha, foi o último estagiário na área de webdesign que aqui tivemos, no PUBLICO.PT. São 3 meses intensos de estágio curricular onde se aprende a fazer muita coisa, e a infografia online, é uma das áreas que queremos explorar cada vez mais. É óbvio que é necessário interesse pessoal para se poder evoluir e o Augusto demonstrou-o. Entre as várias coisas que fez por aqui, ficam os links para os ficheiros que mais nos interessam.

As infografias realizadas por Augusto Matos durante o estágio curricular no PUBLICO.PT:

- O muro americano
- O túnel do Rossio

Grande Augusto, boa sorte!

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Super Terça-feira nos EUA - Projecção e resultados

Como não podia deixar de ser, as eleições nos EUA têm lugar de destaque também no papel. Aqui ficam as duas infografias, a 7 colunas, que "animaram" as páginas de destaque desta semana de maratona eleitoral.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

As linhas de Kevin Hulsey


Por mais que diga que não, acho que qualquer infografista gostaria de ter no seu portfólio a habilidade e paciência de alguns dos desenhos complexos criados por Kevin Hulsey.
Baseado na Califórnia, o seu estúdio mantém um site com informação preciosa sobre ilustração técnica (ou será infografia?) e tutoriais para quem resolva enveredar pelas linhas hiper-realistas das perspectivas.
Para se fazer infografia não é necessário saber desenhar. Mas é demasiado útil para se poder ignorar. Ninguém nasce ensinado e aprende-se a desenhar. Sempre. A carvão ou a software.

Kevin Hulsey site

Directo aos tutoriais

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Infografia multimédia por Alberto Cairo (video)

Alberto Cairo deu uma conferência sobre infografia multimédia, a 17 de Dezembro na Universidad Carlos III de Madrid. Foi filmada e está aqui.
Dura 1h30. Usufrua.

Link alternativo: aqui.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Infografia: eleições EUA 2008


Sobre este tema, para já, o que estamos a fazer de infografia online.

Link: eleicoesEUA2008

Existem excelentes exemplos de como tratar informação sobre estas eleições no Los Angeles Times, New York Times, CNN e no El Mundo. Outros existirão, não os conheço todos mas gostava de ir fazendo aqui uma lista para que, daqui a 4 anos, possamos todos fazer melhor.

A ver se consigo fazer uma dissecação simples desta infografia, num futuro post. Mantenham-se atentos.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Os estagiários do público também “dão cartas” no papel

Marija Paunovic é aluna da Escola António Arroio e está a estagiar na secção de infografia desde Setembro de 2007.
Desde então, além de fazer o tipo de trabalho que se espera de um estagiário, tem desenvolvido capacidades gráficas, e interpretativas, que lhe permitem
uma produção de infografia capaz de satisfazer cada vez melhor os diversos pedidos a que está sujeito um infografista de um jornal diário.

Aqui fica a Lei do tabaco, por Marija Punovic. Parabéns e boas infografias para 2008


quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

À espera de uma Bíblia


Será em 2008 que aparecerá uma Bíblia da infografia. O autor é Alberto Cairo e o livro já está a ser cozinhado há algum tempo. Deixo aqui um link para as páginas que já existem.





Outra obra relacionada com o tema principal deste blog e, finalmente, com data de lançamento marcada, 28 de Janeiro em Coimbra, às 21h00 na Minerva (Lisboa será o local seguinte), é o livro, que é uma tese, de Susana Almeida Ribeiro, jornalista do PUBLICO.PT e que tem dedicado muito tempo de estudo a esta matéria. A infografia de imprensa - história e análise ibérica comparada. O desenho de uma baleia na capa é uma descoberta da autora durante o processo de realização do livro. É uma das infografias mais antigas, alguma vez publicadas na europa.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Há 10 anos era assim

O meu primeiro gráfico publicado