terça-feira, 23 de junho de 2009

1, 2, 3,... Som

Há uns tempos Alberto Cairo escreveu um texto (El impacto emocional de la infografia multimedia) onde conta uma experiência que teve com um mapa sonorizado. Ei-lo, ao mapa. Um trabalho de Tim Klimowicz, que, confesso desde já, gosto muito e impressionou-me. Este mapa de baixas no Iraque traz uma carga emocional que não estaria lá sem o som. E como Cairo tão bem alerta, quais são os limites éticos no uso de som numa infografia? Será que não se conta mais quando se acrescenta som a uma infografia? Estamos sem dúvida a acrescentar mais um layer de informação, e que não vai ser entendido por todos de forma igual.
Durante a semana, calhou-me, à frente dos olhos, um programa na TV sobre o som e o cérebro. E da importância do som (e da música), para o ser humano complexo e social que somos hoje. A música (som) é uma poderosa linguagem universal, que também tem os seus contextos, claro. Mas para quem gosta de tentar tornar as coisas mais acessíveis, a um maior número de pessoas, esclarecer um facto como os infografistas multimédia podem fazer, recorrendo à panóplia de ferramentas a que possam deitar a mão, o som é demasiado importante para ser deixado de fora.
Hoje, por acaso, cruzei-me com este artigo "When an ear witness decides the case" no nytimes.com.
E por isto fiz este post.

É muito importante entender como as coisas funcionam. Como funcionam a sério.

2 comentários:

Inconstante disse...

Gostei bastante do texto. Não cheguei a ver os links, porém acho que sempre devemos ir em busca de novas formas de mostrar uma informação. Acredito que som pode ajudar mas deve ser usado com cuidado e bom senso.
Abraços Cameira

Parabéns pelo Blog!
=D

Mário Cameira disse...

Sem dúvida! Obrigado.
Abraço,
MC