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Há uns tempos Alberto Cairo escreveu um texto (
El impacto emocional de la infografia multimedia) onde conta uma experiência que teve com um mapa sonorizado.
Ei-lo, ao mapa. Um trabalho de
Tim Klimowicz, que, confesso desde já, gosto muito e impressionou-me. Este mapa de baixas no Iraque traz uma carga emocional que não estaria lá sem o som. E como Cairo tão bem alerta, quais são os limites éticos no uso de som numa infografia? Será que não se conta mais quando se acrescenta som a uma infografia? Estamos sem dúvida a acrescentar mais um layer de informação, e que não vai ser entendido por todos de forma igual.
Durante a semana, calhou-me, à frente dos olhos, um programa na TV sobre o som e o cérebro. E da importância do som (e da música), para o ser humano complexo e social que somos hoje. A música (som) é uma poderosa linguagem universal, que também tem os seus contextos, claro. Mas para quem gosta de tentar tornar as coisas mais acessíveis, a um maior número de pessoas, esclarecer um facto como os infografistas multimédia podem fazer, recorrendo à panóplia de ferramentas a que possam deitar a mão, o som é demasiado importante para ser deixado de fora.
E por isto fiz este post.
É muito importante entender como as coisas funcionam. Como funcionam a sério.