segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Razões para uma infografia online


Porquê uma infografia?


- Uma infografia é uma notícia visual. Há muitos assuntos que são muitíssimo mais fáceis de explicar de forma visual do que apenas em texto.

Exemplo: tente explicar o que é e como funciona um parafuso, a alguém que nunca tenha visto um.
Definição de parafuso: s.m. Peça cónica ou cilíndrica, estriada em hélice, que se embute, fazendo-a girar sobre seu eixo longitudinal, seja noutra peça (chamada porca), atarraxada em sentido contrário, seja num meio resistente, por efeito combinado de rotação e pressão.
E agora experimente mostrar à mesma pessoa este desenho:


Pois...


Algumas razões para uma infografia online:

1 - Uma infografia multimédia pode ser interactiva. Do simples sistema de navegação à análise complexa de dados georeferenciados em tempo real.

2 - Uma infografia multimédia será SEMPRE mais vista por mais gente do que o mesmo assunto em papel, qualquer que seja a publicação e a tiragem. Não morre no dia após a sua publicação.

3 - Uma infografia multimédia é uma notícia que tem uma rentabilidade muitíssimo mais elevada que a grande maioria das notícias escritas. Mesmo que se demorem várias horas a realizá-la. As vezes em que pode ser associada a notícias várias sobre o tema, ou as vezes em que é vista autonomamente, compensam largamente a energia e recursos despendidos para a realizar.

4 - Uma infografia multimédia pode (deve) ser corrigida mal seja detectado o erro ou gralha.

5 - Uma infografia multimédia estabelece laços fortes de confiança com os seus leitores. (Contar história Panteão).

6 - Uma infografia multimédia pode ser actualizada ao longo do tempo, prolongando a sua vida útil indefinidamente. As datas de criação e de actualização devem estar presentes.

7 - Uma infografia multimédia pode ser lúdica (exemplo: formas de fazer passar conceitos mais complexos em forma de jogo).

8 - Uma infografia multimédia pode estabelecer dois tipos de narrativa, linear e não linear, simultaneamente, sem se perder a informação nela contida. Dá opcções de leitura a quem a consulta.


Este é um trabalho que está em aberto e ao qual serão acrescentadas frases e/ou corrigidas outras. Aceitam-se colaborações.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Inauguração oficial

Inaugurada oficialmente a página de infografia online do PÚBLICO. Está aqui: http://www.publico.clix.pt/homepage/infografia/

E já agora, outra, no sítio do costume.
Airbus A380

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Deslocados e refugiados do Iraque


Hoje, o PÚBLICO publicou este gráfico no papel. O autor, Joaquim Guerreiro, é um dos infográficos do jornal. Eu gosto e acho que o jornal tem de fazer mais coisas destas, apesar disso, há sempre alguma resistência à mudança e às formas a que nos habituámos a ver representadas comparações, principalmente de números. Também acho que é possível repensar este gráfico e encontrar variações, igualmente boas, na forma de transmitir a mesma informação.
Alguém quer comentar?

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Evident Tufte


O livro estava à minha frente, não havia nada a fazer.

Beautiful Evidence é o último livro de Edward Tufte, um dos gurus do desenho de informação, professor emérito na Yale University.
O próprio afirma que, através das ilustrações é difícil identificar o local e tempo de onde e quando criado este livro. Esse era um dos objectivos, plenamente conseguido.
Obrigatório.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Malofiej 16

Já existem datas para o Malofiej 16 em Pamplona, de 9 a 14 de Março de 2008. Link para a SND-e.
Pode ser que nos encontremos por lá.

05 Madrid - Último dia, último trabalho

Este é o último trabalho realizado pelo meu grupo. Para quem esteja fora do contexto admito que lhe possa parecer demasiado simples. Generalizando, na infografia a máxima, less is more, é normalmente bem empregue.

Para este trabalho, fomos ao Zoo ver os pandas gigantes, filmámos e fotografámos o recinto por todos os lados, entrevistámos um biólogo e um veterinário, fizemos pesquisas na web, tínhamos mapas do Zoo, de Madrid, Espanha e da China. Podiamos contar muitas histórias. Afinal, porque nos cingimos a um gráfico tão simples?
Quisémos sobretudo fazer algo com princípio, meio e fim. Contar uma história completa. Uma pergunta e uma resposta. Uma perspectiva. Uma infografia que pertencesse a um conjunto maior. Focus, focus.
A pergunta que tinha ficado no ar, no dia anterior foi: "Why are so few giant pandas in the world?". As respostas, porque há mais que uma, têm a ver com, pelo menos, dois factores: a reprodução e a alimentação em bambu.
A discussão estendeu-se à manhã e tarde seguinte. Principalmente entre mim e Harjit da BBC. Quem tivesse passado por ali naquela altura julgaria que a qualquer momento poderia ver cadeiras a voar pelos ares. É assim quando há ganas naquilo que se faz. Foi estimulante e valeu a pena. O trabalho melhorou. Se não clicou antes está aqui. O que também quer falar do bambu está aqui.




1ª Versão

04 Madrid - Os pandas gigantes


Xáquin González logo pela manhã. Na Newsweek, em Nova Iorque, desde há alguns meses, Xáquin tem criado vários gráficos online importantes (ver). Os americanos estão atentos e os melhores têm ido parar aos Estados Unidos da América. A sua conferência tinha como título principal: "Como convencer o teu director a montar um departamento de infografia multimédia". Deu o seu próprio exemplo e de como o seus gráficos têm vindo a ganhar importância e respeito no meio onde trabalha. Xáquin é novo e é bom. Deve-se ficar atento a este senhor.
Seguiu-se Mariano Zafra, infográfico multimédia do elmundo.es, com exemplos de integração de gráficos e vídeo.
A seguir, entrámos num autocarro e fomos para o Zoo de Madrid.
Em uma das zonas que fazem parte do recinto dos pandas gigantes, entrevistámos um biólogo, um veterinário e filmámos e fotografámos todos os cantos e pandas, que através de um vidro, pudemos ver.
Desta vez almoçámos no Zoo.
Não houve tempo para visitas, após o café solo, voltámos ao autocarro, cada grupo enfiou-se na respectiva sala de trabalho e ali ficou até ao fim do dia.
Discutimos muito nessa fase, sempre à volta de folhas de papel e storyboards, e ainda precisámos dos professores para desempatarem as ideias que tínhamos sobre a mesa. Ganhou a ideia mais simples, por falta de tempo. Eu gostaria de ter ido mais longe, mas talvez não tivéssemos conseguido. De qualquer maneira, não resisti e fui directamente para casa onde trabalhei intensivamente até às 4h00 da manhã. Resolvi envolver a NANA.


Este é o storyborad da dieta dos panda. Incluía o ciclo de vida do bambú.